sexta-feira, 6 de abril de 2012

Barracas de livros nas margens do Sena se adaptam aos novos tempos

Camelôs mantêm a tradição há mais de dois séculos.
Eles tiveram que se acomodar aos novos tempos.


O Jornal Hoje fez um passeio pelas barraquinhas de livros usados à beira do Rio Sena, em Paris. Os camelôs, conhecidos como bouquinistas, mantêm essa tradição há mais de dois séculos e tiveram que se acomodar aos novos tempos.
A catedral de Notre Dame, em Paris, terminou de ser construída em 1334. Mais de 150 anos foram necessários até que ela finalmente ficasse pronta. Tanta coisa em Paris tem essa dimensão em que a passagem do tempo parece difícil, não de medir, mas de compreender.
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Uma das mais curiosas é a história dos camelôs que vendem livros as margens do Rio Sena. Eles são conhecidos como bouquinistas. Bouquin quer dizer livro pequeno. Na verdade, eles vendem livros usados, muitas vezes raros, e começaram a fazer isso há muito tempo. Na época da Revolução Francesa eram cerca de 300. Hoje eles são 217.
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Comprar livros dos bouquinistas é uma história antiga. Para se ter uma ideia, Thomas Jefferson, um dos pais da revolução americana, quando morava em Paris, no século XVIII, adorava garimpar e comprar livros raros. Quando ele voltou para os EUA levou baú e malas cheias de livros que ele doou para a biblioteca do Congresso, hoje a maior do mundo.
Os clientes, hoje, são diferentes. Duzentos e cinquenta anos depois eles continuam a vender, mas tiveram que diversificar a oferta de seus produtos para satisfazer a insaciável sede de bugigangas dos turistas. Assim onde antes os livros eram procurados e venerados, hoje as lembrancinhas têm bem mais saída.
A Torre Eiffel em todas as suas expressões, quadrinhos, gravuras, pôsteres, revistas antigas, variações sobre o mesmo tema. George é bouquinista há 20 anos e diz que a maioria dos fregueses hoje é de estrangeiros, que se vê cada vez menos colecionadores procurando livros raros.

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