Metade dos brasileiros sofre com distúrbios do sono
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 40% da população mundial apresentam algum tipo de distúrbio ou síndromes do sono.
Somente no Brasil, 43% dos brasileiros não conseguem dormir da maneira correta, resultando em cansaço, o que aumenta o risco de desenvolvimento de outras doenças.
Os problemas relacionados ao sono têm aumentado cada vez mais, e uma das causas é a correria do dia a dia e também o estresse.
De acordo com informações da Assessoria de Imprensa da Associação Brasileira do Sono, existem 90 tipos de distúrbios do sono, mas muitas pessoas desconhecem o diagnóstico. “Entre os principais estão a apneia obstrutiva do sono, encontrada em cerca de 30% da população adulta, além da insônia, que afeta até 15% da população brasileira”.
Com o objetivo de alertar a população em relação aos distúrbios do sono e esclarecer dúvidas da população, foram realizadas várias ações no Estado de São Paulo, sendo que a maioria aconteceu na Capital.
Pessoas que sofrem de apneia obstrutiva do sono, a qual tem como característica a obstrução repetida da via aérea superior (garganta) devem ficar atentas, pois isso pode acarretar outros problemas de saúde como hipertensão, diabetes e doenças cardíacas. “Por isso, os pacientes com históricos cardíacos devem se preocupar ainda mais com a qualidade do sono”.
Vários estudos apontam para as conseqüências negativas dos distúrbios do sono. “A apneia obstrutiva do sono está ligada à pior qualidade de vida e aumento de mortalidade em longo prazo. É importante que as pessoas tenham sono saudável, o que evita tais distúrbios”.
COMO IDENTIFICAR
A Associação alerta que o diagnóstico para a apneia do sono começa na identificação dos sintomas como ronco, pausas respiratórias e sonolência diurna.
Após detectado os sintomas é preciso passar por uma avaliação médica cuidadosa, passando por vários exames como polissonogradia, avalia diversas variáveis como eletroencefalograma, variáveis respiratórias e eletrocardiograma.
CRIANÇAS
Além dos adultos, as crianças também podem apresentar distúrbios do sono e podem ocorrer manifestações denominadas “parassônias”, que são movimentos ou comportamentos que representam fenômenos físicos pela ativação do sistema nervoso central. Como resultado ocorre o sono interrompido.
“As principais características são despertar confusional, terror noturno, sonambulismo e pesadelos”.
Se tais comportamentos forem repetitivos ou perturbadores da dinâmica familiar, é aconselhável procurar avaliação médica.
ESTRESSE
Nos últimos tempos também tem aumentado o número de pessoas com estresse, devido à demanda de trabalho e situações do dia-a-dia. Tal fato também tem feito que as pessoas durmam cada vez menos.
A redução do tempo de sono causa prejuízos ao organismo, como aumento da irritabilidade, alterações hormonais e metabólicas também podem ocorrer após uma semana de restrição do tempo de sono.
Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo mostrou que a exposição ao frio por uma hora, produz aumento de sono de ondas lentas – aquele sono que é restaurador, que descansa.
INSÔNIA
A dificuldade em iniciar ou manter o sono, seguida de cansaço durante o dia pelas noites mal dormidas, podem ser consideradas como resultado da insônia.
Se os sintomas persistirem por mais de um mês e interferirem na qualidade de vida, é aconselhável buscar tratamento especializado através de avaliação médica.
Esse tipo de distúrbio pode ter várias causas como ansiedade, depressão, estresse, dor muscular, uso de medicamentos, entre muitos outros.
ORIENTAÇÕES
Algumas atividades auxiliam para uma boa noite de sono. Confira abaixo:
Procure deitar e se levantar em horários regulares todas as noites;
Vá para a cama somente quando estiver sonolento, com sono;
Não use a cama para leitura, ver televisão ou alimentar-se, prefira a sala ou outro ambiente. A cama deve estar relacionada como ato de dormir;
Evite ficar na cama sem dormir. Se necessário levante e faça uma atividade calma até ficar sonolento novamente. Ficar na cama rolando de um lado para outro gera estresse e piora a insônia;
Estabeleça um ritual de relaxamento antes de se deitar; um banho quente, diminuir a luminosidade do quarto enquanto se prepara para deitar;
Evite uso de álcool e de cafeína pelo menos 6 horas antes do seu horário de dormir;
Não se alimente próximo ao horário de dormir;
Evite cochilos durante o dia; eles atrapalham seu sono à noite.
Procure se ocupar durante o dia, evitando o ócio.
Faça atividades físicas regularmente, porém evite exercícios fortes no final do dia, prefira os períodos da manha ou almoço. No final do dia, os exercícios precisam ser mais leves como alongamento ou caminhadas, e pelo menos 4 horas antes de dormir.
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