Líder do governo defende royalties para educação
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse
há pouco que o governo tem interesse na votação, na próxima semana, do
projeto que redistribui os royalties do petróleo (PL 2565/11), desde que
o texto deixe claro que a nova regra será aplicada apenas nos contratos
futuros e que destine 100% dos recursos arrecadados para a educação.
O
projeto deverá ser votado na próxima terça-feira (6). "O governo tem
interesse em votar a questão dos royalties com alguns pressupostos: não
pode haver, sob nenhuma hipótese, qualquer quebra de contrato. Além
disso, a presidenta determinou que irá para educação 100% daquilo que os
royalties irão produzir", disse Chinaglia.
Esses pontos serão negociados com o relator do texto, deputado Carlos
Zarratini (PT-SP). Na versão até agora divulgada do relatório, o texto
previa a aplicação de 50% dos recursos na educação e determinava que a
lei entrasse em vigor em 2013, sem mencionar eventuais impactos em
contratos vigentes.
Os recursos para a educação serão usados para cumprir o percentual de
investimento de 10% do PIB previsto no Plano Nacional de Educação,
aprovado pela Câmara. "Fomos favoráveis aos 10% e é fundamental ter
fonte de receita", disse.
Essa proposta de manutenção dos contratos vigentes intactos pela
proposta de royalties e a aplicação do recurso na educação foi defendida
mais cedo pelo deputado Paulo Feijó (PR-RJ). "O que foi contratado não
se mexe. Essa proposta tranquiliza Rio de Janeiro e Espírito Santo",
disse.
Relator diz que royalties do petróleo irão 100% para a educação
O relator do projeto de redistribuição dos royalties do petroleo (PL
2565/11), deputado Carlos Zarattini (PT-SP), disse que vai mudar o texto
para prever que 100% dos recursos conseguidos sejam aplicados na
educação. Ele afirmou, no entanto, que não vai mudar o parecer para
determinar que a nova distribuição só seja aplicada a contratos futuros.
Ele defende que a norma entre em vigor em janeiro de 2013 e negou que,
com isso, haverá quebra de contrato, uma vez que as empresas continuarão
pagando o mesmo percentual de royalties, que apenas serão destinados a
novas fontes.
"O que existe de contrato é entre a União e as empresas petroleiras, e
esse documento diz o quanto cada companhia tem de pagar de royalties e
de participação especial, não vamos mudar nada disso. O que estamos
alterando é a distribuição dessa arrecadação entre os estados e
municípios, o que não está prevista em contrato, mas em lei", disse o
relator da proposta, que deverá ser votada pelo Plenário na próxima
terça-feira (6).
Mais cedo, o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP),
disse que o Executivo aceita votar os royalties com alguns pressupostos,
como o de que a proposta não pode causar quebra de contrato.
Marco Maia: votação dos royalties deve ser concluída na terça-feira
O presidente da Câmara, Marco Maia, disse há pouco acreditar que a
votação da proposta de mudança na forma de divisão, entre os estados,
dos royalties do petróleo deverá ser concluída na própria terça-feira
(6), quando começará a ser analisada pelo Plenário.
Segundo ele, os ajustes necessários para garantir uma análise
tranquila da matéria deverão ser feitos antes do início da sessão da
terça-feira, marcada para as 9 horas. O adiamento da votação dos
royalties para a próxima semana foi anunciado hoje, após acordo dos
líderes partidários.
Obras irregulares
Marco Maia e o presidente do Senado, José Sarney, receberam há pouco
um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) com a indicação de
paralisação de 22 obras por todo o Brasil com indícios de
irregularidades.
O documento, que precisará ser analisado na Comissão Mista de
Orçamento e no Plenário do Congresso, foi entregue pelos ministros
Benjamin Zymler (presidente do TCU) e Aroldo Cedraz (responsável pelo
relatório de fiscalização de obras públicas).
*Agência Câmara
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