É noite! as sombras correm nebulosas
Vão três palidas virgens silenciosas
Através da prócela irrequita
Vão três pálidas virgens...não sombrias
Rindo colar um beijo as bocas frias...
Na fonte císmadora do-poeta
"Saúde, irmão! Eu sou a indiferença
Sou eu quem te sepulta a ideia
Imensa, quem no teu nome a escuridão projeta...
Fui eu que te vesti do meu sudário...
Que vais fazer tão triste e solitário?..."
"Eu lutarei!"-responde-lhe o poeta.
"Saúde, meu irmão!eu sou a fome
Sou eu quem o negro pão consome...
O teu mísero pão, mísero atleta!
Hoje, amanhã,depois...depois(qu'impota?)
Virei sempre sentar-me a tua porta..."
"Eu sofrerei!"-respode-lhe o poeta
Saúde,meu irmão! eu sou a morte
Suspende em meio o hino augusto e forte
Marquei-te a fronte,mísero profeta!
Volue ao nada! não sentes neste
Enleio teu cãntico gelar-se no meio seio?!"
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